Minha Vida Pelo Mundo





quarta-feira, 25 de abril de 2012

Delhi

Foi bom ir a Nova Delhi e respirar novos ares. Eu já tinha passado por lá na minha chegada à Índia no final de janeiro, mas tudo o que vi foi parte do aeroporto e do hotel onde passei a noite pra logo de manhã já pegar a estrada e seguir a Agra.
Delhi é outra Índia, diferente da que conhecemos e até aprendemos a nos acostumar. A cidade até conserva algumas características típicas da Índia, como por exemplo os tuk-tuk nas ruas, mas as estruturas comerciais fazem São Paulo parecer pequena. No Saket Place, um complexo enorme de lojas renomadas, fizemos umas compras no supermercado Le Marché, e foi ali que me dei conta do quanto a vida em Agra é precária. Parece que eu tinha me esquecido da privação de coisas simples a que aceitamos nos submeter como condição de morar aqui.
Além de conhecer um pouco da cidade, nossa principal razão pra irmos a Delhi era assistirmos a uma reunião da igreja. Nós somos membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (SUD) que, como qualquer religião Cristã, ainda é bem pequena deste lado do globo. Portanto, ainda não há grupos aqui em Agra. É bem difícil conseguirmos ir a Delhi porque a distância requere que tenhamos mais de um dia livre pra fazer isso, e nós trabalhamos normalmente aos sábados. Sim, não sei se já comentei aqui, mas na Índia o sábado é um dia de trabalho como os outros. O jeito então foi esperar por um feriado. E no dia 14 de abril tivemos um: Ambedkar Jayanti, em memória de um líder político que lutou pelas minorias discriminadas.
A viagem de Agra a Delhi pode ser feita em 4 horas de carro, mas com o trânsito do feriado acabamos levando 6 horas pra chegar. É também possível fazer o percurso de trem, porém é necessário reservar passagens com antecedência, coisa que nós não providenciamos.
Aqui estão algumas imagens que fizemos no caminho:
Pessoas viajando em condições quase subumanas na Delhi-Agra Road. Às vezes deixamos de fotografar este tipo de situação pra não constrangê-los.

Transporte de algodão e outras cargas, onde o motorista fica exposto às altas temperaturas. Coloca-se o máximo de carga possível no veículo.

Já era fim do dia quando chegamos a Delhi e escolhemos um lugar para vermos antes de anoitecer. Por sugestão do Ali, fomos ao India Gate - um arco de 42 metros de altura dedicado a soldados mortos em guerra. Não há muito pra ver além do próprio arco. A grande área arborizada ao redor estava repleta de visitantes e vendedores. Aliás, essa característica se aplica a praticamente todos os lugares na Índia – sempre tem muita gente, não importa onde. Difícil foi aguentar os vendedores chatos. A cada segundo tinha um oferecendo brinquedinhos, pulseirinhas, e não largavam do nosso pé. Desta vez, como em todos os pontos turísticos que visitamos até agora, algumas pessoas também nos pediram pra posar para fotos com elas, o que ainda é um tanto estranho e engraçado.
India Gate

A Igreja
Ser membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é como ter uma família em cada lugar a que se vá, mesmo que seja tão longe quanto a Índia. As pessoas já têm uma dose a mais de doçura e afeto que nos enchem o espírito. Nos recebem de braços abertos e com um sorriso caloroso mesmo que seja a primeira vez que estão nos vendo. Quando nossos olhares se encontram, nasce a afinidade de irmãos que sabem que compartilham de algo precioso e especial.
Casa que abriga o primeiro ramo de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em Delhi


A volta, Krishna, os animais, e uma história de amor
Uma das partes interessantess da viagem foi voltar com o Lucky, um outro motorista que às vezes presta serviço pra nós. Ele gosta de nos ensinar coisas sobre a cultura indiana e nós aproveitamos pra fazer perguntas. Foi assim que acabamos também fazendo uma outra viagem, através das histórias que ele nos contou.
Para os que acompanham sempre o blog, o Lucky foi o defensor das lagartixas do episódio que contei lá nos primeiros posts.
Pois bem, essa foi uma das coisas que aproveitei pra tirar a dúvida. Nós tínhamos recém ouvido sobre a crença no hinduísmo de que as pessoas podem, em outra vida, renascerem como animais. Isso explicaria o fato de os tratarem bem. Lucky nos confirmou sobre isso, acrescentando que no hinduísmo acredita-se que Deus está em todos os lugares. Logo, está também na vida de um animal ou mesmo numa pedra. Por isso todos esses elementos devem ser respeitados. Nos contou também que muitas vezes, ao preparar um alimento, oferecem a primeira porção a uma vaca.
E por que a vaca é considerada sagrada, afinal? Bem, a história ficou um pouco desconexa pra mim, mas basicamente Lucky explicou que Lord Krishna (figura central na religião hindu) costumava tocar uma flauta e atraía esses animais, os quais vinham de longas distâncias; portanto, vivia cercado deles e tinha afeição por eles.
Como eu já conheci algumas pessoas no Brasil que se denominam da religião Hare Krishna, perguntei se havia alguma diferença entre esta e o hinduísmo. Lucky nos afirmou que não, que são a mesma religião.
Deixo bem claro que não estudei sobre o assunto e de nenhuma forma tenho a intenção de distorcer ou divulgar informações equivocadas sobre estes tópicos. O objetivo aqui é apenas compartilhar a vivência e a visão do cidadão indiano comum a que estamos tendo acesso. Aliás, convido a quem esteja interessado a fazer comentários e nos informar um pouco mais - seria ótimo!
O interessante foi conversarmos sobre estas coisas enquanto passávamos pela cidade de Mathura, reconhecida como o local onde nasceu Krishna.
O assunto foi fluindo até que chegou o ponto em que estávamos conversando sobre casamento. Lucky, assim como todas as pessoas que questionamos até agora, não conhecia sua esposa antes de se casarem. Acabou contando algo que nos deixou tocados e pensativos.
 Ele tinha acabado de dizer que as pessoas são felizes assim, com casamentos arranjados. Eu perguntei se tinha demorado até que ele e sua esposa se tornassem amigos um do outro. Ele disse que sim, já que ele gostava de uma outra pessoa e ainda não tinha superado esse sentimento quando se casou. De acordo com ele, sua esposa sabia disso e foi compreensiva.
Essa outra mulher, a quem ele se refere como namorada até hoje, não pertence à mesma casta que ele e por isso os pais dele não aprovaram um casamento entre os dois. Pensaram até em fugir juntos, mas sabendo das graves consequências, Lucky preferiu obedecer aos pais e casar-se com uma mulher escolhida por eles. Mesmo assim, foi difícil superar a tristeza e por algum tempo ele até se entregou à bebida. Atualmente, tanto ele quanto a “namorada” são casados com outra pessoa e têm filhos, mas ela de vez em quando ainda liga perguntando como ele está, e diz que numa próxima vida eles vão poder ficar juntos.
Ficamos consternados. Eu ainda insisti e perguntei “E então você foi começando a amar sua esposa...?”, ao que ele respondeu com um “é...” bem pouco convincente e disse que ele respeita e trata muito bem a sua mulher.   

Sei que o texto já está ficando longo, mas ainda quero comentar algo: Desta vez o McDonald’s acabou se apresentando como única opção pra almoçarmos antes de seguir viagem, e como era em Delhi, resolvemos encarar. Ficamos satisfeitos com a comida e mais ainda com o preço: Aproximadamente R$ 5,00 uma refeição completa. O mesmo tínhamos notado com os sorvetes da marca que no Brasil é a Kibon: Um Fruttare custa 25 rúpias (menos de um real), por exemplo. Resolvi abordar este assunto pra refletirmos um pouco... uma possível justificativa pra essas coisas custarem o triplo do preço no Brasil são os impostos. Mas ainda que seja, o brasileiro continua pagando mais caro por tudo, e não duvido que muitos pensam que os preços são justificáveis pela “alta qualidade” dos produtos. Abram o olho, brazucas: nessas horas vale a pena abrir mão e não comprar.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Monkey Business

Olá pessoal!

E não é que nossos amigos macaquinhos estão mesmo querendo ser o centro das atenções! Devido aos acontecimentos dos últimos dias fui obrigada a escrever mais este pequeno post destinado exclusivamente às peripécias protagonizadas por esses malandrinhos.

Talvez você se lembre do nosso desafortunado amigo Ali, cuja esposa e depois a filha foram mordidas por um macaco. Pois é, parece que o bicho está querendo deixar sua marca na família inteira e desta vez mordeu o filho dele.
É melhor o Ali se cuidar!


Como se não bastasse, nosso novo colega de trabalho, Amauri, também já tem uma macacada pra contar. E olha que ele chegou aqui há menos de uma semana!
Estava ele bem tranquilo na cozinha de seu apartamento no térreo preparando uma omelete pela manhã. Devia estar tão concentrado que não percebeu a movimentação de uma criatura entrando pela porta da cozinha, passando por trás dele, e indo para a sala de jantar. Quando ouviu um barulho foi ver o que era, e logo se deparou com nada mais nada menos do que um macaco comendo uma manga em cima da mesa. Chupa essa manga! Isso deve ser pior do que um cão chupando manga! (ho-ho-ho)
Pra completar o atrevimento, a criatura saltitante saiu satisfeita carregando um pacote de pão.


É por essas e outras que, se eu fosse um animal, queria ter nascido na Índia. Explico um pouco melhor sobre esse assunto no próximo post. Aguardem.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Do lixo ao luxo

Não que eu esteja de fato chamando o lugar que eu fui de lixo. Na verdade essa referência ao poema de Augusto de Campos é mais pra demonstrar o contraste que presenciamos diariamente aqui na Índia e principalmente o que vimos neste dia que vou relatar.
Estou um pouco atrasada com as postagens, afinal esta é sobre o dia 7 de abril e agora já quero falar também sobre a viagem a Nova Délhi que fizemos agora no dia 14. Mas assim é o Minha Vida na Índia, postagens sem dia nem hora marcada. “Blogar” quando o tempo e a vontade permitirem.  
Pois bem, no dia 7 nós fomos passear aqui perto numa espécie de mercado ao ar livre. O lugar consiste basicamente em uma rua estreita e comprida onde há inúmeras lojas de artigos bem variados e com muita gente. Fora o grande movimento de pedestres, circulavam também com motos e bicicletas ali, o que tornava o ambiente ainda mais caótico. Nos sentimos um tanto corajosos de estar naquele meio, realmente nos misturando ao povo. Às vezes dava a impressão de estarmos numa cena de filme.
Uma menina nos pediu dinheiro e demos uma pequena quantia. Ela não ficou satisfeita e continuou nos seguindo e insistindo. Disse algo que, apesar do meu precário vocabulário em hindi, entendi como “khānā” (comida); também nos apontou suas roupas. Essas coisas nos partem o coração, mas infelizmente não podemos resolver os problemas de nem uma pequena parcela das pessoas, e tivemos até de ser um pouco ríspidos para que ela parasse de nos importunar.
Desta vez andando mais rápido, atravessamos uma linha de trem, e então começamos a perceber quantos macacos estavam ao redor, brincando sobre cercas e telhados, e saltando nos fios elétricos.
Confesso que todos esses elementos juntos acabaram me causando uma certa irritação. As pessoas nos olhavam o tempo todo, e minha irritação aumentou quando percebi que alguns olhares não eram por nossas roupas serem diferentes ou por sermos estrangeiros, mas sim pra tentar ver através da minha blusa branca. Essa atitude realmente me enfurece, e só leva a pensar que essa cultura se esconde atrás de um pseudo-recato machista e hipócrita.
Ok, não posso julgar todo o povo pela atitude de alguns. Ainda assim foi uma experiência válida, e nosso passeio ainda não acabou. Mas antes de prosseguirmos, algumas imagens pra complementar:


É interessante que em um lugar aparentemente ordinário na Índia se encontre um templo antiquíssimo e rico em detalhes como este.

Dando sequência, dali resolvemos ir conhecer um dos hotéis mais luxuosos de Agra, se não o mais luxuoso: o  ITC Mughal. Passamos pelo grande saguão de chão de mármore onde estava acontecendo uma apresentação de dança local. Seguimos por um corredor que dava acesso ao requintado spa e ao sairmos passeamos pelo amplo jardim com som ambiente, onde fica a grande piscina e outras atrações para recreação.
Nos surpreendeu saber que o hotel estava lotado e notar que havia mais indianos do que estrangeiros no hotel, deixando evidente que muitos estão desfrutando de abastança enquanto um imenso número de pessoas sofre com a miséria no país.

Sabíamos que havia um McDonald’s por perto e resolvemos conferir, pensando que por estar em uma região nobre o lugar poderia ser limpo. Grande engano. Além de sujo e cheio, o cheiro dava enjoo. Sem contar as adaptações locais no cardápio, que incluem molhos exóticos e muita pimenta. Pra não perder a viagem, saímos cada um com um sundae, que fomos comer lá fora.
A esquisitice da vez ficou por conta de uma massagem que estavam oferecendo ali, onde as pessoas punham os pés na água e vários peixinho vinham comer a sujeira de seus pés.
A massagem dos peixes (por falta de um nome melhor)

Depois percebemos que o McDonald’s era a entrada para um shopping. Um breve passeio ali encerrou o nosso dia.
Vou ficando por aqui. Aguardem o próximo post sobre nossa ida a Nova Délhi, falando um pouco sobre a Igreja, Krishna, as castas indianas, etc.
Beijos a todos e um em especial à minha best Marcinha que está sempre participando aqui no blog.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Choveu!

É simples assim o que tenho a declarar nesse post: choveu! Sim, está trovejando, relampeando e caindo água sobre essa terra que não via chuva há meses.
Nos últimos dias as máximas têm estado em torno dos quarenta graus, e a humidade do ar não passava dos 10%. Viva a chuva! Agora só resta ver como ela afeta a dinâmica de muitas pessoas que trabalham e inclusive dormem a céu aberto.
Vou contando mais novidades nós próximos dias e também fico devendo por enquanto o relato do passeio que fizemos no sábado... mais ou menos no estilo "do lixo ao luxo".

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Agra Fort

Apesar de o Forte de Agra não ser tão conhecido quanto o Taj Mahal, também acaba se tornando atração obrigatória para os turistas que visitam a região. E pra quem esperava que o Taj Mahal seria o auge de sua visita no que diz respeito a glamour e grandiosidade, surpreende-se com o forte, que supera o Taj em extensão e riqueza de detalhes. Em seguida apresento uma espécie de diário ilustrado contando um pouco do que vi e ouvi durante esse passeio.



Pessoas ao redor durante a negociação com o motorista do tuk-tuk.
 E aqui na Índia a diversão começa assim que colocamos nossos pés pra fora de casa: Chegamos no ponto dos tuk-tuks. Você acha que tem uma fila, assim como nos pontos de táxi, onde se respeita a vez de cada um? Não aqui, meus caros... É engraçado quando tentamos escolher o tuk-tuk que está em melhores condições e perguntamos ao condutor quanto cobra pra nos levar a um determinado destino. Logo outros motoristas se aproximam, dão seu preço e oferecem pra nos levar. Eles não se importam, o primeiro não fica bravo porque o outro está "roubando" o cliente dele. Mesmo os curiosos se aglomeram ao redor pra "ajudar" na negociação.



Depois de acertarmos um preço, seguimos em direção ao forte. Durante o trajeto entramos numa rua em que ficamos trancados por um tempinho devido a uma movimentação que havia ali. A banda na foto ia à frente de uma espécie de passeata. Em clima de festejo, todas as pessoas começaram a se dar as mãos. Em seguida vi alguém se ajoelhando em adoração a algo que estava adiante e eu não conseguia ver o que era de onde estava. De repente o mais inusitado: homens completamente nus caminhavam entre a procissão. Temos o palpite de que deveriam ser como "homens-santos".


O forte de Agra, que fica a apenas 2,5km do Taj Mahal.
Chegamos. Na entrada, há a movimentação típica de turistas locais e estrangeiros. Em meio a ofertas de guias, compramos as nossas entradas, que custam 300 rúpias por pessoa.
Resolvemos contratar os serviços de um guia turístico, já que as informações oferecidas por eles agregam muito à visita, que ficaria um tanto vazia e desconexa sem o conhecimento da história do local.
Assim como o Taj Mahal, o forte também fica aberto do nascer ao pôr do sol. Novamente nós fomos no fim da tarde e recomendo, mesmo não tendo ido mais cedo pra ver como é. Nesse horário a temperatura já está mais amena e o lugar está mais vazio. Fora que os guias começam a cobrar menos no fim do expediente e ainda assim há tempo suficiente para fazer o tour completo.


Vista após atravessarmos o primeiro portão. A conservação do Forte de Agra é impecável comparada ao restante dos lugares na Índia.
Aqui paramos para algumas informações. O forte foi construído no século XVI e abrigou algumas gerações de imperadores. Classificam-no como cidade-palácio, ou cidade murada.



Fosso ao redor da estrutura usado como proteção contra invasores.
Vista de dentro do forte.
Este fosso era mantido cheio de água com crocodilos dentro. Já no espaço mais interno de terra que se segue, o guia nos disse que eram mantidas onças e elefantes. Isso além dos guardas de plantão.

Rampa de acesso ao forte de onde seriam lançadas pedras e água fervente no caso de uma invasão.

Já nesta rampa de acesso, nos foi dito que, no caso de uma invasão, estariam preparados para lançar pedras rolantes e água fervendo pelos orifícios que há nas laterais. Porém, nunca tiveram a oportunidade de "testar" todos esses recursos de segurança, já que não houve tentativas de tomar o forte.



Um dos quartos no interior do forte. Os detalhes eram revestidos em ouro, o qual posteriormente foi saqueado pelos ingleses.

Uma vez dentro desta espécie de palácio fortificado, onde figuram jardins, pátios, biblioteca, mesquitas, salão de festas, etc... tudo é uma demonstração da grande opulência em que viviam esses imperadores. Uma curiosidade é que eles não usavam móveis, apenas tapetes no chão.

O luxo é maior do que podemos imaginar. Nessa área funcionavam várias lojas, já que além de uma população de trabalhadores, as cinco mil mulheres extraoficiais de um dos imperadores habitavam o local! Agora considerem que eles tinham até um quarto com ar-condicionado. Como assim? Naquela época? Basicamente, o sistema de refrigeração consistia em um quarto de paredes ocas e estrutura em forma ovalada, sobre o qual funcionários jogavam água para manter seu soberano bem fresquinho e protegido do calor escaldante.


Os leitores mais assíduos talvez lembrem-se de eu ter contado que Shah Jahan, aquele que mandou construir o Taj Mahal, foi aprisionado por seu próprio filho. Pois foi exatamente dentro do Forte de Agra que ele passou seus últimos anos de vida, em uma espécie de prisão domiciliar de luxo, de onde podia avistar o último abrigo de sua amada Mumtaz, e pra onde ele mesmo seria levado após sua morte.

Bem, tudo isso e não mostrei a vocês nem metade do que vimos, sendo que o que vimos foi, de acordo com o guia, apenas 25% do forte. É por isso que estou indo morar lá :)
Brincadeiras a parte, sentimos quase que uma indignação pelos excessos desses monarcas, mas foi esta a sensação com que terminei a visita ao forte... dá vontade de morar lá.
Pra terminar, deixo vocês com mais algumas fotos.... Até a próxima aventura!